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1º Festival de Arte Fancha reúne trabalhos de artistas lésbicas,
bissexuais e pansexuai
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Idealizado pela Coletiva Fanchecléticas, o FAFAN será realizado em formato online, entre os dias 30 de maio e 6 de junho, com apresentações gratuitas nas áreas da música, literatura, artes visuais, cinema, artes cênicas e atividades de formação. Entre as participantes, estão nomes como Grace Passô, Nívea Sabino, Denise Lopes Leal e Luana Vitra.
 

No vocabulário sapatão, “fancha” é um termo utilizado para designar mulheres homossexuais, lésbicas, sapatonas. Com o desejo de estimular a criação de artistas lésbipans, sejam mulheres cis e trans ou pessoas trans em geral, e divulgá-las, rompendo os entraves postos por uma sociedade lesbofóbica e transfóbica, a Coletiva Fanchecléticas constrói conjuntamente o 1º Festival de Arte Fancha, o FAFAN, um espaço onde novas realidades se concretizem para além da ilusão da normalidade.

A programação do FAFAN é composta por apresentações nas áreas da música, literatura, artes visuais, cinema e artes cênicas, realizadas por artistas de todo o país. Com todas as atividades gratuitas, o festival acontecerá em formato online no site www.fanchecleticas.com, entre os dias 30 de maio e 6 de junho.  Para compor a programação do Festival, foi aberta uma chamada pública que recebeu 279 inscrições, das cinco regiões do país e de 20 estados brasileiros. Também integram a programação artistas como Grace Passô, Nívea Sabino, Denise Lopes Leal e Luana Vitra.

“Para que fazer um festival de arte fancha, afinal? Ainda vivemos em uma sociedade que torna invisível muitas existências. Aqui criamos um espaço para a pluralidade. Queremos ver, ouvir e sentir o que essas pessoas estão falando e criando e que, na maioria das vezes, não encontram ecos no mercado e numa sociedade abafada por uma norma branca, cisgênera, heterossexual”, comenta Letícia Bezamat, atriz, designer e integrante das Fanchecléticas


Nasce uma coletiva que gera um festival


O FAFAN surge do encontro das Fanchecléticas, um movimento artístico independente, hoje formado e construído por sete sapatonas lésbipans de BH e região metropolitana: dévora mc, Éle Fernandes, Letícia Ângelo, Letícia Bezamat, Marina Merêncio, Mel Jhorge e Nádia Fonseca. O grupo foi formado, inicialmente, por quatro estudantes do curso de teatro do Centro de Formação Artística e Tecnológica, da Fundação Clóvis Salgado, o Cefart, com o desejo de montar uma cena feita por mulheres lésbicas para ser apresentada na Me Mostra, mostra de cenas curtas realizadas pelos estudantes do Cefart. Elas criaram a cena “Eu não sei você, mas eu sou sapatão”, que acabou por se tornar um motivo propulsor para a criação das Fanchecléticas. 


Havia entre elas o desejo de afirmação das narrativas lésbicas no teatro, algo ainda incipiente na cidade. Durante a pandemia, para enfrentar o isolamento e criar uma rede de apoio e afetos, elas realizaram quatro projetos que acabaram por tecer laços potentes entre artistas lésbipans. Entre eles, está o “Papo de Sapa”,  lives de entrevistas, “Brejo no Brejo”, live de músicas, e a “Semana Fancha”, na Semana de Visibilidade Lésbica. Ainda organizaram o “Cartas Para Além do Caos”, uma ação de troca de cartas. Tudo realizado com o desejo do encontro, sem qualquer recurso ou apoio financeiro, possibilitado por uma rede de pessoas que partilham algo em comum, o desejo de movimentar pequenas realidades com a urgência de transformar contextos de injustiças, ódio, intolerâncias e violências.

Programação FAFAN - o que ver, ouvir, sentir


A abertura do festival irá acontecer no dia 30 de maio, às 20h, com uma conversa-performance das Fanchecléticas. Cada dia da semana será dedicado a uma linguagem artística: música (31/5), artes visuais (1º/6), literatura (02/6), cinema e audiovisual (3/6), artes cênicas (4/6). O dia 5 de junho, sábado, será dedicado às oficinas, já com inscrições encerradas, e Live com as Fanchecléticas + Ação Sedex Sapatão. A programação contará com bate-papo todos os dias após as apresentações.


ABERTURA 30/05 - domingo, às 20h

Conversa-performance realizada pelas Fanchecleticas
 

MÚSICA 31/05 segunda-feira, às 20h - apresentações + bate-papo


“Guerreira de Lança”, Videoclipe da multiartista Luana Flores (João Pessoa /PB) 2019 | 05’01’’
“Classuda”, Videoclipe de Daiane Gomes (Campos dos Goytacazes / RJ) 2021 | 3’13” 
Ohana (Belo Horizonte, MG) 2021 |  15’
Luiza Mardones Gaião (Ouro Preto, MG) 2020 | 05’13”
“Compondo e Gravando”, de Renata Lopes (Belo Horizonte/MG) 2021 | 5’
"Dois", Videoclipe de Thâmara Mazur (Belo Horizonte/MG) 2021| 6’’48


ARTES VISUAIS 1º/06 terça-feira, às 20h - apresentações + bate-papo


“Um sonho: 2060”, de Nara e Mari (Brasília,DF)  2021  | 5’07”
“Lonely, 2021 odissey”, de ABSTRAT0 (Itatiba/SP) 2021 | 12’23”
“Mapear o berço”, Vídeo-performance de Júlia Bertú (Belo Horizonte/ MG) 2021  13'51"
“Cadeia de corpo”, de Luana Vitra (Nova Lima/MG)  2020 | 11’27”


LITERATURA 02/06 - quarta-feira, às 20h - apresentações + bate-papo


“Poema com o Cu”, Vídeo-poema de Dariane Martiól (Coronel Vivida/PR)
“Histórias de amor e a cidade”, do Coletivo Papel Mulher (RJ, SP, PB, PR) 2021 | 14’40”
“Vocalização de poemas”, de Nívea Sabino (Nova Lima, MG) 2021  | 30’
“Encantado das Águas”, de Linete Matias (Piaçabuçu- AL) | 2021 | 11'58"’
“Cartas para Julho”, de Michelle Sá (Belo Horizonte/MG)  2020 | 8'35"


CINEMA E AUDIOVISUAL, 03/06, quinta-feira, às 20h

- apresentações + bate-papo


No dia 03/06, será exibido “Quebramar” de Cris Lyra (SP), seguido de bate-papo com as artistas. As demais obras que compõem a categoria de Cinema e Audiovisual serão divulgadas na abertura do festival e ficarão disponíveis para o público durante todo o FAFAN.

 

Serão eles:

“Quebramar”, de Cris Lyra (São Paulo,SP) 2019 | 27’
“República”, de Grace Passô (São Paulo/SP) 2020 | 15’30”
“Pindorama, Terra das Palmeiras”, Videoperformance de Zahra Alencar  (São Paulo - SP) | 2020 | 5'48”.
“à beira do planeta mainha soprou a gente”, de Bruna Barros e Bruna Castro (Salvador, BA) 2020 | 13'18'' 

“Rebu”, de Mayara Santana (Recife, PE) 2020  | 21’
“Incomensuráveis: uma contra-encenação”, de Nathalia Vieira e Flavi Lima (São Vicente/ SP)  2020 | 7’



ARTES CÊNICAS 04/06, sexta, às 20h


“Sapateando com Margarete”, Vídeoarte/perfomance  de Natele Peter  (Blumenau/SC) 2020 | 10’20’’
“Meu lugar está morrendo e com ele vou junto”, Curta-metragem de Ludmila da Mata (João Pessoa, PB)  2020 |  15’02”
“UMA, OUTRA”, da Breve Cia (Belo Horizonte, MG) 2020 | 15’41”
“TRAVESSIA” Vídeo-performance de Sabrina Rauta (Terreiro da Dona Fininha Pereira - BH/ MG) 2018 | 5’45”
“Safo de Lesbos - áudio-cena”, de Arami Marschner e Denise Leal (Dourados, MS) 2021 | 15’
“CONSELHEIRA - experimento 1”, de Ju Abreu (Belo Horizonte, MG) 2020 | 21’
“Ações sem um léxico de liberdade”, Vídeo-performance de Idylla Silmarovi  (Belo Horizonte/ MG) 2020 | 25’


OFICINAS E ENCERRAMENTO 05/06, sábado


Live de encerramento com as Fanchecléticas e ação Sedex Sapatão



* Projeto realizado com apoio do Edital 16 da Lei Aldir Blanc via SECULT no âmbito do estado de Minas Gerais.

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